quinta-feira, 30 de setembro de 2010

DEPOIMENTO DA DIRETORA



Muita dor, ardor e desejo.
A estréia de OGUM foi mais que uma estréia, voltei a viver.
O teatro cura e vem me curando.
Do leito do hospital direto para a estréia, que loucura, que...
Agora após ter estreado e as dores do corpo cessarem Ogum me invade com a emoção do público, com a negritude que ocupa as poltronas do Martim Gonçalves.
Muito cabelo duro, torço e conta e isso é lindo!!!!
Assisto a cada apresentação torcendo para a plateia gostar e quando ela gosta e vem falar comigo, não são palavras, são suspiros e olhos marejados.
Eu estou no início da minha carreira, tombos, pauladas, dores... e axé!!!!
Aprendi muito na construção desta montagem, aprendi muito com os meus mais velhos do teatro que encontrei no Vila e na Escola de Teatro.
Mas neste texto tão confecional a maior ,lição é um clichê sem limites e que infelizmente estamos esquecendo.
EQUIPE! Este espetáculo não seria o que é sem a equipe, toda ela, que me apoiou e que sonhou junto comigo.
Agradeço a todos os Orixás poder ter parceiros e amigos de trabalho desta qualidade, com os valores e vínculos que nos une e reúne.
Adupé!!!!
Ogunhê!!!!
É só por isso que eu faço TEATRO!!!!!! Pra me encontrar!

Fernanda Júlia

Um comentário:

  1. Parabéns a todos os participantes desse belo projeto. O fórum de debates me instigou bastante e como já trabalho com a questão da identidade negra na minha escola, foi muito esclarecedor. Percebi que preciso refazer o meu projeto para evitar a folclorização. Se possível entre no meu orkut e através das imagens dos meus projetos, pontuem onde estou folclorizando. O Estado não está muito preocupado com essa questão e com nehuma que diz respeito a escola pública. O lema é "quem quiser que se vire" e, é isso que tenho feito, mesmo diante dos meus altos e baixos eu me agarro num fio de esperança. Discussões como as do fórum é um fio de esperança que me anima e me impulsiona. Obrigada!

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