quarta-feira, 21 de julho de 2010

Encontros de Direção e Produção



Nos dias 28, 29 e 30 de julho acontecem, no Centro Cultural Plataforma, os “Encontros de Direção e Produção Teatral”, onde a diretora Fernanda Júlia Barbosa e a produtora Susan Kalik, estarão trocando idéias e informações sobre os processos a cerca da montagem e produção de espetáculos teatrais, com ênfase em Ogum, "Deus e Homem", que estréia em Setembro, no Teatro Martim Gonçalves.


Inscrições


Poderão participar das oficinas diretores de grupos de teatro que trabalhem com a linguagem afro-baiana, diretores de grupos de teatro do subúrbio e alunos da Escola de Teatro da UFBA.


As inscrições serão feitas pelo site: http://ogumdeusehomem.blogspot.com, ou pelo http://www.plataformacultural.com/, a partir do dia 21/07/2010.



Seleção de dois estagiários para Ogum, Deus e Homem


Ogum “Deus e Homem”, projeto contemplado pela Fundação Palmares no 1º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras, é a continuidade do trabalho de promoção da cultura e religiosidade de matrizes africanas através da arte, que a diretora Fernanda Júlia desenvolvendo, no sentido da valorização da Cultura Negra.


Durante os encontros no Centro Cultural Plataforma, serão selecionados, entre os participantes, dois assistentes de direção e produção (estagiários) para acompanharem a montagem do espetáculo nos meses de agosto, setembro e outubro de 2010, recebendo um auxílio no valor de R$ 300,00 mensal para alimentação e transporte.


Os critérios mais importantes para a escolha do assistente são: disponibilidade para os horários dos ensaios, disciplina, liderança, segurança, capacidade de ouvir, capacidade de trabalho em grupo, e relacionamento com o ator. Além dos momentos em grupo, os candidatos farão uma entrevista individual com a diretora do espetáculo Fernanda Júlia e com a produtora Susan Kalik.


Para efetuar sua inscrição clique nos links abaixo, faça o download da sua ficha de inscrição, preencha e envie todo o material para o email OGUM.OFICINAS@GMAIL.COM


Informações pelo email: ogum.oficinas@gmail.com ou pelo 71 8884.7515 (Susan Kalik)


Ficha de Inscrição - Direção


Ficha de Inscrição - Produção


terça-feira, 20 de julho de 2010

Lembranças de Barra do Pojuca






De Barra do Pojuca, onde aconteçeram os rituais, boas experiências e lembranças...

Rituais Instauradores...

Os Rituais Instauradores fazem parte da metodologia de trabalho da encenadora, trata-se de um processo laboratorial de imersão. O mesmo procedimento foi adotado na montagem anterior de Fernanda, o espetáculo "Shirê Obá". Nesse caso, já uma maturação da prática de um estudo que ela desenvolve.


Ritual da Terra


O grupo se afasta da cidade e, isolados, durante 5 dias, em um Terreiro de candomblé, participam de uma série de "rituais", que já norteiam o andamento do processo.


Ritual do Ar




O Babalorixá Margio, foi presença fundamental, como consultor litúrgico antropológico foi ele que acompanhou o processo, orientando, ajudando a separar o religioso do teatral, foi nosso guia nessa pequena jornada de imersão.


Ritual da Água

Trata-se de um momento de contato com os fundamentos da encenação, os atores se afinam com os princípios da Terra, do Ar, da Água e do Fogo.


Ritual do Fogo


segunda-feira, 19 de julho de 2010

A diretora e a Cia. Nata de Teatro...

Fernanda Júlia dirige uma improvisação com a atriz Jussara Mathias

Fernanda Júlia, fundadora da Cia. de Teatro Nata, na cidade de Alagoinhas. Com mais de dez anos de existência , os espetáculos da Companhia tiveram como eixo norteador a história, a cultura e a religiosidade Afro-Brasileira, a fim de desmitificar os preconceitos e as imagens pejorativas que povoam histórica e culturalmente o inconsciente coletivo da sociedade, como resultado de um processo histórico de colonização e racismo.

A Cia. de Teatro Nata montou no ano de 2009 o espetáculo “Shirê Obá: A festa do Rei”, com direção de Fernanda Júlia, uma grande homenagem aos Orixás e a todo o povo de santo do Brasil, foi construída dramaturgicamente através dos Orikis (poesias em exaltação aos Orixás) e sua encenação inspirou-se nos rituais públicos das Comunidades de Santo (Ilê Axé) da Bahia.

Shirê Obá realizou temporada nos meses de maio e junho de 2009, no Teatro Vila Velha, em Salvador, e durante os meses de julho e agosto realizou temporada na cidade de Alagoinhas, onde se apresentou no Centro de Cultura e em quatro Comunidades de Santo (Ilê Axé) do município. O espetáculo participou também do III Fórum Nacional de Performance Negra e encerrou o I Festival de Teatro do Subúrbio de Salvador.


Devido ao bem sucedido desenvolvimento, o espetáculo recebeu três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro 2009: melhor espetáculo adulto, direção revelação para Fernanda Júlia (diretora e autora) e categoria especial para Jarbas Bittencourt, pela direção musical, sendo contemplado nessa categoria.


Além da montagem Shirê Obá, a Companhia de Teatro Nata montou os espetáculos Axé “Origem, encanto e beleza” (2000), Senzalas “A história, o espetáculo” (2002) e “Axé!” (2003), todos sob a batuta de Fernanda, esses espetáculos colaboraram no combate à intolerância religiosa sofrida pelas Comunidades de Santo (Ilê Axé), instaurando discussões e provocando reflexões.

Na montagem Ogum, “Deus e o Homem”, a Companhia de Teatro Nata convidou uma equipe
de atores e técnicos da cidade de Salvador, estabelecendo um processo salutar de intercâmbio entre a capital e o interior do estado da Bahia.





quarta-feira, 7 de julho de 2010

Começo dos ensaios...

Dia 5 de Julho, finalmente começaram os ensaios de Ogum, toda a equipe estava ansiosa por esse momento e como era de se esperar, pisamos com o pé direito, em uma sala da Escola de Teatro, uma das casas da diretora Fernanda Júlia, Ogum toma rumo.

Inicialmente, Fernanda expôs um pouco mais o seu método de trabalho, falou sobre o texto, sobre o candomblé, depois passou dois documentários sobre a religiosidade africana para o grupo, um deles foi "Povo de Santo", de Wilson Militão, que deu em síntese um panorama da relação do que pode se chamar povo de santo (adeptos do candomblé) e a Salvador, esclarecendo sua crença e expondo as barreiras de intolerância que têm enfrentado.

Ogum surge no cenário soteropolitanto, como mais um braço para o fim da intolerância. Em fala do documentário um Pai de Santo diz "o intolerante é antes de tudo um ignorante, no sentido de não saber, não ter conhecimento"...Ogum chega para fazer essa população conhecer mais um pouco da sua história, da sua ancestralidade e do que há de belo nela, e isso, através da arte.